10/28/2014

"Panta rei", -Heráclito.

Sempre pensei que eu deveria achar alguma forma de me qualificar, de me definir e de saber quem eu era. Constantemente me criticava por não saber nada sobre mim, por que mudava meu ponto de vista sobre certas coisas o tempo todo, o que me levou a perceber, depois de uns anos de angústia interior, que assim como o mundo, estamos todos em movimento, sem nem mesmo perceber. Somos uma (ou várias?) metamorfose inevitável, logo, em vez de procurarmos loucamente por rótulos visando descobrir nossa identidade, devemos tirar proveito de nossas mudanças.
Vou usar um exemplo bobo (porém, claro o suficiente): Quantas vezes você já não xingou uma banda ou um cantor, falando que as músicas eram ridículas, assim como eles mesmos e seus figurinos e então, do dia para a noite, percebe que estava completamente enganado? Eu, pelo menos, já fiz isso muitas vezes. Tudo isso por conta de nossa constante mudança, de gosto, de opinião, de pensamentos e até mesmo de obsessões. Abuse de suas transformações, aproveite-as ao máximo, ame-as pois elas fazem parte de você, mesmo que temporariamente.
O título dessa postagem é a frase de um filósofo que foi o pai do mobilismo, uma teoria que defende o constante movimento das coisas. "Panta rei" significa "tudo passa", ou seja, tudo muda, tudo se transforma. Não é à toa que uma de suas principais frases foi "nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio mudou." Caso deseje mais informações sobre ele, acesse esse link.
Concluindo, seja você mesmo e aproveite todas as fases que sua extraordinária vida tem a oferecer. A beleza está nos mínimos detalhes, olhe-a bem, sinta, perceba, reflita conclua e a aplique a si mesmo. Sua essência pode ser fixa, mas o superficial é dependente de você.