Outro dia, conversava com uma amiga sobre a seguinte questão: Devemos conhecer o mundo para nos conhecermos, ou devemos conhecer a nós mesmos para conhecermos o mundo?
Inicialmente, pensei que deveríamos conhecer a nós mesmos para conhecermos o mundo. Por exemplo: uma criança nasce. Ela faz uma espécie de teste, formulado pela escola ou por uma instituição especializada, e descobre-se que essa criança tem um talento nato para exatas. Dessa forma, toda sua vida escolar passa a ser voltada para a matemática e para a física. Assim, ela estaria, supostamente, conhecendo a si mesma para conhecer a realidade a partir de uma visão única e subjetiva, provavelmente vinculada ao que aprendeu sobre si mesma através do contato com as exatas.
No entanto, minha amiga rebateu, dizendo que o ideal seria que conhecêssemos o mundo para nos conhecermos. Porque, segundo ela, a criança que passa a estudar somente exatas, devido ao resultado do teste, nunca teria contato com outras matérias. Logo, ela veria o mundo de apenas uma forma. Se ela tivesse contato com outros componentes curriculares, ela veria o mundo de maneira mais geral, e não tão específica e singular. Assim, ela teria um olhar muito mais aberto e amplo, o que faria com que os elementos analisados por ela passassem a fazer parte de seu jeito de olhar a realidade e, consequentemente, atribuíssem a ela uma personalidade própria.
Obviamente, acabei concordando com minha amiga. Portanto, a conclusão que se tira desse debate é: conheça e se conhecerá. Conheça pessoas, ideias, lugares, culturas e estude. Muitos desvalorizam o que é ensinado nas escolas, mas são esse ensinamentos que nos ajudam a nos formar como cidadãos do mundo e a nos conhecer.
Obrigada pelo acesso e bom autoconhecimento para ti.
