2/09/2016

Errada eu estava

Acredito que qualquer cientista/estudioso(a) que se preze tem a capacidade de se refutar sem sentir vergonha disso. Afinal, errar é humano e é errando que se chega às melhores teorias. Mas qual a finalidade de ficar falando sobre isso? Cheguei a conclusão de que errei. As minhas primeiras postagens seguiam a ideia de que a beleza não existe, no entanto, agora vejo que só não me expressei mal como estava seguindo uma ideologia ultrapassada à respeito da beleza.

Primeiramente, gostaria de me desculpar se confundirei algum leitor com essa "troca de pensamento". Entretanto, ressalto que é importante mudar de ponto de vista às vezes, a fim de se aprimorar uma ideia, um pensamento ou um posicionamento.

Segundamente, sem mais delongas, apresentarei meu novo pensamento propriamente dito:
A beleza existe sim, mas não tem (ou não deveria ter) importância.
O que quero dizer com isso? Como já disse outras vezes, o conceito de beleza inexiste por se tratar de um termo subjetivo, que depende quase exclusivamente dos gostos, preferências e culturas dos seres humanos. Assim, confirmo a existência da beleza, mas a considero relativa. Ela não existe de maneira palpável e absoluta, mas sim abstratamente, como a obra de arte abaixo do pintor Wassily Kandinsky.


Pode-se tranquilamente observar que o que há nesse quadro depende do que cada um vê nele. Da mesma forma é tratada a beleza, você pode vê-la ou não, mas isso só depende da ideia que você tem dela implantada na sua cabeça.

A beleza pode depender da matéria no sentido de que, à medida que a matéria se modifica, a constante "beleza" pode sair da equação. Por exemplo, boa parte das pessoas quando viam a  artriz Audrey Hepburn no auge de sua juventude, achavam-na bonita.


Porém, com o passar dos anos, essas mesmas pessoas talvez tenham mudado suas opiniões à respeito da mesma mulher. Claro que estamos falando de opiniões, não dizendo que a senhorita Hepburn tenha deixado de ser ser bonita, ao meu ver ela sempre foi linda, diga-se de passagem.


Com esse exemplo busco apenas dizer que um dos fatores dos quais a beleza é dependente é a mudança pela qual a matéria passa ao longo dos anos. Poderia citar outro: cultura. Afinal, provavelmente o ideal de beleza chinês é bem diferente do brasileiro. Quer outro fator? O tempo. O ideal de beleza grego há 1000 anos atrás devia ser bem diferente do atual. Citaria vários outros exemplos, mas não será necessário, visto que o meu objetivo era justamente mostrar a mutabilidade de padrões de beleza. Se não é a idade que vai mudar um ideal de beleza, é o país. Se não é o país, é o espaço cronológico no qual se encontra. Logo: não tem como ser considerada uma pessoa bonita para todos, porque sempre haverão fatores para contestar esse título.

Se a beleza está sempre suscetível à mudanças, qual é a relevância dela? Eu diria que nenhuma. Acredito que todos nós deveríamos nos importar com os valores e as essências das pessoas. O conteúdo que uma pessoa carrega dentro dela é único, nada deveria ter mais valor do que a alma. Aquela afinidade instantânea que temos com alguns é valiosa, é como um sinal do destino dizendo para você se aproximar daquelas pessoas, porque elas vão fazer bem para você. Nossos espíritos apenas evoluem, não regridem. Ou seja, eles só podem se aprimorar. Existe presente mais bonito do que poder amar alguém que só pode se tornar uma pessoa cada vez melhor? Às vezes não conseguimos enxergar essa evolução com nitidez, mas acredite, ela está lá.

Logo, concluo dizendo que a beleza de alguém é irrelevante visto que se modifica e se perde com o tempo, ao contrário da essência, que nos fascina e nos mostra a verdadeira, única e imutável beleza de uma pessoa: a alma.

Gostaria de relembrar que, como de praxe, retomarei vários pontos deste mesmo artigo ao escrever outras postagens, porque resumir um ponto de vista relativamente complexo em apenas um texto é complicado. Então, convido você a acompanhar o andamento desse ponto de vista que pode mudar a maneira com a qual o mundo é visto.